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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Manifestantes reocupam Avenida Paulista após confronto com PM

Manifestantes reocupam Avenida Paulista após confronto com PM

Grupo faz protesto contra reajuste em ônibus e Metrô.
PM e grupo entraram em confronto na Avenida Paulista e no Centro.






Reajuste
As tarifas dos ônibus, do metrô e dos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) subiram de R$ 3 para R$ 3,20 no último domingo (2) em São Paulo. O aumento, anunciado em 22 de maio pela Prefeitura e o governo do estado, foi de 6,7%.
O aumento no transporte público, que normalmente ocorre no começo do ano, foi adiado após acordo do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e do governador, Geraldo Alckmin, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para ajudar a conter a alta da inflação.
A desoneração das alíquotas de PIS/Cofins para as empresas de transporte coletivo contribuíram para frear o aumento de tarifas. A medida havia sido anunciada no fim de maio pelo Ministério da Fazenda como uma forma de evitar reajustes maiores.


Sequência de tumultos
O ato contra as tarifas começou às 18h em frente ao Theatro Municipal. De lá, os manifestantes passaram em frente à Prefeitura de São Paulo e seguiram caminhada pelo Centro.
O primeiro tumulto envolvendo a PM ocorreu após manifestantes colocarem fogo em cones da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na bifurcação entre as avenidas 23 de Maio e 9 de Julho, na região do Terminal Bandeira.
Policiais militares usaram balas de borracha, gás de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar o grupo no Centro. Após o primeiro confronto, manifestantes voltaram a atear fogo em objetos e fizeram uma nova barricada também no acesso à Avenida Nove de Julho.
Por volta das 19h20, uma equipe do Corpo de Bombeiros apagou o fogo colocado nos objetos sobre a pista do Corredor Norte-Sul. Enquanto isso, parte do grupo de manifestantes seguia em caminhada pela Avenida de Julho em direção à Avenida Paulista.
Ao chegar à Avenida Paulista, o grupo interditou os dois sentidos da via na altura do Masp. Em seguida, caminhou rumo ao Paraíso, quando foi impedido por policiais. A PM usou novamente balas de borracha e bombas de efeito moral para liberar a pista. Na fuga, parte do grupo depredou bancas de jornais e estruturas de acesso para a estação Brigadeiro do Metrô.

Manifestantes também destruíram um vaso e jogaram uma espécie de pedestal contra o para-brisa de um carro que estava exposto no Shopping Paulista. O centro comercial também foi pichado.
Grupo critica PM
Em nota, os manifestantes criticaram a ação da PM. "Existem aproximadamente 30 feridos por balas de borracha e estilhaços de bombas de gás lacrimogênio. Muitos deles muito machucados no rosto", afirmou o movimento em nota.
Em entrevista ao G1, um dos organizadores reafirmou que o MPL não tem responsabilidade por atos individuais de pessoas que aderiram ao protesto e acabaram praticando atos de vandalismo.
Prisões
Por volta das 22h30, o Tenente Coronel Ben-Hur Junqueira Neto não soube informar quantas pessoas foram presas, mas disse que houve detidos em vários pontos da cidade.

Mesmo assim, garantiu que a polícia não entrou no Shopping Pátio Paulista e que não foi feita nenhuma prisão no local.  Segundo o Tenente Coronel, “a polícia já entrou em contato com os seguranças para pegar as imagens das câmeras de monitoramento para fazer a identificação, Boletim de Ocorrência e eventualmente imputar a responsabilidade  a quem depredou o patrimônio”.


Manifestantes contra o aumento do transporte público em São Paulo interditaram por duas vezes a Avenida Paulista na noite desta quinta-feira (6). O protesto também afetou ruas do Centro, onde ocorreram os primeiros confrontos entre o grupo e a Polícia Militar (PM).
O ato foi organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), que critica o aumento das passagens de trem, ônibus e metrô na cidade de São Paulo para R$ 3,20. O MPL defende ainda qualidade e pede tarifa zero. Segundo o grupo, “todo aumento de tarifa é injusto e aumenta a exclusão social.”
Os organizadores afirmam que quase 20 mil pessoas confirmaram presença no evento via Facebook. Eles estimam que cerca de 5 mil tenham de fato comparecido, enquanto a PM afirma que 500 participaram. Ao G1, representantes do MPL disseram que não são responsáveis por atos de vandalismos cometidos durante o protesto: bancas de jornais, orelhões, estrutura externa da Estação Brigadeiro do Metrô e ambientes do Shopping Paulista foram alvos de depredações.


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