Wallace afunda o Canadá, e Brasil passa em primeiro à semifinal da Liga
Oposto, que substituiu Leandro Vissotto, guia a seleção à classificação em vitória tranquila por 3 sets a 0. Agora, equipe aguarda definição do grupo D
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Wallace saiu de quadra como maior pontuador, com 18 pontos. Lucarelli, com 14, foi outro destaque brasileiro. Pelo lado canadense, Frederic Winters, com 12 pontos, Gavin Schmitt e John Perrin, ambos com 10, se esforçaram, mas não evitaram a derrota.
- Eu não me preocupo muito com essa coisa de ser o maior pontuador. Meu objetivo é sempre a vitória, isso que importa. Acho que qualquer adversário será complicado daqui para a frente. Hoje foi só a primeira final - disse Wallace.
Apesar do bom resultado e de uma definação mais tranquila da partida, Bernardinho não ficou satisfeito com a atuação. Ainda assim, ressaltou a importância da vitória.
- A vitória faz bem. Jogamos abaixo do primeiro jogo, mas soubemos reagir e, no final, as coisas aconteceram bem. Provavelmente vamos encarar a Bulgária, mas nós podemos e precisamos melhorar para as semifinais. Sabemos que podemos jogar muito melhor. O Wallace jogou muito bem, mas ainda pode jogar melhor - afirmou.
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Canadá pressiona, mas Brasil controla o jogo
As lembranças mais vivas eram de Gavin Schmitt. Mas, com o algoz na última Liga poupado no início, o Brasil logo percebeu que o Canadá tinha mais riscos a oferecer. Em um erro de saque de Lucão, os rivais largaram na frente. Duff, na sequência, abriu dois pontos para o país da América do Norte. Mas a seleção não queria repetir a partida contra a Rússia e deixar a diferença crescer. Em erros dos rivais, chegou a passar à frente. O Canadá, que em um lance chegou a desafiar a marcação dos árbitros – que voltaram atrás –, porém, foi para o primeiro tempo técnico em vantagem: 8/5.
Na volta à quadra, a seleção tomou o controle da partida. Em um bloqueio de Lucão, deixou tudo igual (11/11). Foi a deixa para que o Brasil disparasse e chegasse a 19/13. Em um ponto de Lucarelli, um susto do outro lado da rede. Na descida, o brasileiro pisou nos pés de Adam Simac, que ficou alguns segundos no chão. Na sequência, no melhor rali da partida, Duff explorou o bloqueio de Lucão para diminuir. Mas, apesar da luta canadense, os brasileiros fecharam o primeiro set em um erro de Perrin: 25/18.
Foi Wallace, com uma pancada, quem abriu o segundo set. Mas o Canadá mostrava sorte. Enquanto Schmitt seguia à espera do chamado do técnico Glenn Hoag, Dallas Soonias, que começou a partida, se mostrava tão perigoso quanto o outro oposto. Através dele, os canadenses conseguiam equilibrar a partida. O atacante tentou enganar a defesa brasileira com um golpe lateral, mas Mário Jr., atento, conseguiu a defesa. Na sequência, Lucão venceu o bloqueio rival para fazer 8/7.
Não que os erros tivessem ficado para trás. Mas, ao contrário da partida contra a Rússia, a seleção brasileira parecia mais solta. Só que, do outro lado, o Canadá também mostrava qualidade. O Brasil chegou a abrir vantagem, mas foi a vez de Schmitt, agora em quadra, soltar o braço. Pelas mãos do oposto, os canadenses viraram e fizeram 23/21. O placar, porém, marcava 23/20, e Bernardinho reclamou. A partida ficou paralisada por alguns instantes, e a chiadeira brasileira funcionou.
Com um bloqueio de Lucão, o Brasil passou à frente e chegou ao set point. A equipe desperdiçou três em sequência, e foi a vez dos canadenses assumirem a vantagem e ficarem a um ponto do empate no placar geral. Mas os brasileiros souberam manter a calma e contaram com os erros dos rivais para abrir 2 a 0. Em um saque de Bruninho, o levantador Howatson deu dois toques na bola. Na sequência, Winters mandou um ataque na rede e pôs fim à parcial: 30/28.
O Brasil iniciou o terceiro set como se fosse uma máquina. Com a vantagem em mãos e diante de um rival nervoso, a seleção de Bernardinho abriu 10/5 com facilidade. O Canadá, porém, não queria se despedir assim. À base da força, tirou a diferença e chegou a ficar a um ponto do empate na parcial. Mas a seleção quis evitar qualquer susto. Wallace mais uma vez mandou a bola ao chão da quadra rival: 25/20, e fim de papo.
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