Apesar de atuação do BC, dólar fecha no maior valor desde maio de 2009
Moeda norte-americana subiu 1,36% e fechou a R$ 2,1424.
BC voltou a intervir no mercado pela 1ª vez desde o final de março.
O dólar fechou nesta sexta-feira (31)
em alta, pelo 5º pregão consecutivo, na maior cotação em mais de quatro anos,
apesar de o Banco Central ter voltado a intervir no mercado pela primeira vez
desde o final de março.
A moeda
norte-americana fechou o último pregão do mês com avanço de 1,36%, para R$
2,1424 na venda, nível não visto desde 5 de maio de 2009, quando fechou a R$
2,149 diante da profunda crise financeira que assolava o mundo naquele momento.
O dólar
encerrou o mês com valorização de 7,04%. Foi a maior alta mensal desde setembro
de 2011, quando o ganho ficou em 18,15%. No acumulado do ano até maio, a moeda
acumula alta de 4,78%.
Após o BC ter
anunciado, no início da tarde, um leilão de swap cambial tradicional -
equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro -, a moeda chegou a
desacelerar para R$ 1,1189 na venda, mas em seguida voltou a ganhar força.
Segundo analistas, a ação do BC visou
frear o movimento especulativo impulsionado pela formação da Ptax, mas que
ainda é cedo para entender qual seria eventual novo teto para a divisa
norte-americana.
"Ainda é
cedo para estabelecer em qual nível o BC quer o dólar... Mas já sinaliza que
não vai deixar o dólar rolar muito mais do que isso", afirmou à Reuters o
operador da Intercam Corretora Glauber Romano.
O Banco
Central vendeu 17.600 contratos, da oferta de 30 mil, que somaram US$ 876,7
milhões respondendo por 59% do volume ofertado. A última vez que a autoridade
monetária interveio no mercado de câmbio foi no final de março deste ano,
quando o dólar se aproximava de R$ 2,03 no intradia.
Os mercados
mundiais estão reagindo à possibilidade de o Federal Reserve, banco central
norte-americano, reduzir em breve seu estímulo monetário diante dos sinais de
recuperação da maior economia do mundo. Caso tomada, essa decisão limitaria a
oferta de dólares nos mercados mundiais, pressionando para cima as cotações da
divisa dos Estados Unidos.
Nesta
sexta-feira, essa avaliação ganhou força com a divulgação de que a confiança do
consumidor norte-americano chegou ao maior nível em quase 6 anos.
A alta da
moeda veio também com a briga pela formação da Ptax de maio, cujo fechamento
foi por volta das 13h, e com a valorização da divisa no exterior, ofuscando a
alta da Selic a 8%, que tende a elevar a atratividade do país para investidores
estrangeiros.
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